terça-feira, 29 de novembro de 2011

Quem somos nós para julgar alguém?

Mulher do motorista assassinado (Foto: Juliana Cardilli/G1)
Olá pessoal, tudo bom?

Hoje o Comentando Tudo Aqui optou por falar de um tema mais sério: a falta de noção das pessoas, que julgam seu semelhante sem pensar duas vezes. O assunto me interessou depois de saber da notícia, grave, que um motorista de ônibus foi linchado em São Paulo (SP), depois de perder o controle do ônibus que dirigia e bater em alguns carros e motos, além de atropelar um rapaz.

Participantes de um baile funk que viram o acidente simplesmente jogaram pedras no veículo, arrancaram o motorista pela janela e ainda bateram na cabeça deste homem com um extintor. O motivo? Ele teria causado o acidente por estar bêbado! Neste ponto, caríssimo leitor, gostaria de convidar você para refletir: mesmo que o motorista estivesse mega alcoolizado - trançando as pernas mesmo - e ainda tivesse matado uma mãe e seu bebê, teria sido justa a "sentença" que ele recebeu?

Claro que não, amigo! Quem somos nós para julgar, ou deixar de julgar, alguém? Mesmo que esse homem tivesse causado toda essa tragédia que pintei, a justiça cuidaria dele, pode acreditar. Por isso, somos um país "supostamente" civilizado! Ninguém precisa se tornar um assassino para colocar em ação a lei do olho por olho, dente por dente.

No caso, parece que o pobre motorista nem culpa teve. O homem sofreu um mal-súbito e perdeu o controle do ônibus. Na verdade, fico pensando como alguém achou que um profissional que estava em pleno horário de trabalho, e que lidava diretamente com um público que podia denunciá-lo a qualquer momento, iria trabalhar bêbado?

Outro caso

Na minha opinião, esse tipo de pessoa que agride é a mesma que se acha no direito de tripudiar de "cachorro morto". Quer outro exemplo disso, que vi hoje na TV? A Prefeitura de Limeira, no Estado de São Paulo, está afundada em denúncias de corrupção e, com isso, vários familiares do prefeito foram presos.

Hoje, o jornal estava mostrando que a primeira dama e os dois filhos dela foram transferidos de cadeia, ou alguma coisa do gênero. Enquanto estavam sendo levados para o carro, houve uma confusão e os rapazes acabaram 'perdidos' no caminho. A turba, enlouquecida, gritava e xingava ao fundo.

Quando, finalmente, conseguiram encontrar o automóvel, os dois foram agredidos com tapas pelos populares. Já dentro do veículo, alguém esqueceu de trancar a porta e a TV mostrou uma mão abrindo a maçaneta e dando um tapa na cabeça do rapaz que estava dentro.

Aí eu paro e fico pensando: quem são essas pessoas, que se acham no direito de agredir uma pessoa que já estava presa e, com isso, não poderia revidar? Assim é fácil, não? Agora você me responde: mas eles eram criminosos!! Pessoal, isso não importa. Os dois já estavam nas mãos da justiça e, por isso, não cabe a ninguém, além dela, tomar qualquer atitude.

Após ler esse texto, apenas peço que você, querido leitor, reflita sobre a sua atitude. Será que, sem perceber, você não está se tornando uma dessas pessoas, que julgam mesmo e acham que tem razão na hora de "fazer justiça"?

Fica a reflexão!

Beijos

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