sexta-feira, 22 de junho de 2012

O Playcenter vai fechar: vai com Deus!


Olá pessoal, tudo bom?

Uma amiga minha, a Amanda, ganhou dois ingressos cortesia para o Playcenter - um parque de diversões super famoso em São Paulo (SP) - e me chamou para acompanhá-la no último domingo (17). Como tenho ótimas lembranças do lugar, que já anunciou o encerramento definitivo de suas atividades para julho, super topei.

Só para constar, a emoção de ir no Playcenter era tamanha na minha infância/adolecência que teve um ano, acredito que estava na sétima ou oitava série, que eu fiz um calendário de contagem regressiva para o dia da tão sonhada excursão escolar! Toda noite ia lá e dava um tique, afinal faltava menos um dia para o passeio...
Carimbo que todos ganham ao entrar no parque. Lembro que ficávamos uns dois dias sem esfregar as mãos direito para deixar a marquinha o maior tempo possível com a gente.
Só que toda e qualquer boa lembrança relativa ao Playcenter acabou nesta última vez que fui lá. E vou explicar o motivo. O sofrimento já começou na fila de entrada.
Fila IMENSA só para comprar o ingresso
Fomos acompanhadas de outras duas amigas e acabamos tendo que comprar os ingressos delas. Só que esse simples processo levou mais de uma hora, pois havia uma fila gigantesca já na porta. Aí você pensa: ok, lá dentro não vai ser tão ruim. Sinto informar, mas vai sim!

Castelo dos Horrores
Como já estava na fila do ingresso mesmo, fiz questão de comprar uma entrada para o Castelo dos Horrores, um brinquedo mito de minha infância/adolescência no Playcenter. Na atração, você passa por um labirinto onde encontra atores fantasiados de personagens chave do terror, como a menina do exorcista, aquela do filme O Chamado e por aí vai.

Nunca tive coragem de entrar, por medo mesmo, mas como era minha última vez no até então querido Playcenter, fiz questão de pagar os 10 reais para brincar lá. Ainda bem, porque foi o primeiro brinquedo que fomos e, como era pago, não tinha filas. Na sequência, inventei de ir no Turbo Drop.
Prazer, Turbo Drop!
Sim, é o mesmo estilo do brinquedo que a menina caiu e morreu no Hopi Hari. Mas somos brasileiros e sempre achamos que não vai acontecer o mesmo com a gente. Quase três horas e meia de fila depois, não havia chegado nem na metade do caminho. O motivo? O maldito Free Pass!

Para quem não é habitué de parque de diversões, eu explico: a pessoa já não paga barato para ter acesso ao parque (neste caso custou 57 reais). Daí, lá dentro, o Playcenter dá a opção de você pagar a bagatela de 40 reais a mais e comprar 10 passes livres que te dão o direito de passar na frente da fila!!!!

Calcula comigo: esse brinquedo aí tem doze lugares e todo o processo - entre sentar na cadeira e sair depois de brincar - dá uns 5 minutos. Já deixa a fila bem lenta, não? Aí, tem a fila extra, do Free Pass, igualmente lotada. Com isso, ao invés darem andamento à fila principal, os funcionários se preocupam com a fila VIP.

Ok, sei que isso é algo comum em qualquer parque de diversão do mundo. Só que o Playcenter arrumou uma forma de ganhar dinheiro sem ter gasto nenhum. Afinal, qual é o trabalho deles? Passar os folgados na frente da fila. Acho assim: quer passar na frente? Tem todo o direito, só que vai ter que pagar beeem caro por isso. Não 40 reais, concorda?

Desisti de esperar quando puxei papo com um funcionário e ele me contou que naquele domingo havia cerca de 40 mil pessoas no parque. Naquele momento deixei a fila e quis ir embora do parque. Como as meninas também estavam de saco cheio daquela versão pobre da rua 25 de março, quiseram desistir também.

Só que na hora de ir embora mesmo, achei desaforo sair dali sem ter ido em ao menos um brinquedo e consegui fazer a Amanda ficar mais um tempo comigo no parque. Nesta hora pensei: vou procurar uma fila razoável, em algum brinquedo que tenha mais lugares por vez (não 12 como o Turbo Drop)

Bem-vindo à fila do Double Shock
Como esse brinquedo tinha 32 lugares por vez, imaginei que seria mais rápido e entrei na fila. Duas horas depois, e muitos Free Pass na frente, finalmente consegui brincar. Enquanto aguardava a minha amiga, que tinha ido se divertir no Splash e depois voltou para a fila desse brinquedo, fui passear no parque e aproveitar a Noite do Terror.

Nessa hora, lembrei o motivo de achar o parque tão legal na minha infância. Se tem uma coisa que eles fazem bem (ao menos uma) é isso. Pelo local, atores fantasiados assustavam os mais fraquinhos (tipo eu) e divertiam a galera. Nível: estou em um filme de terror, mas, na verdade, estou segura. Então bora relaxar!!

Hannibal Lecter estava dando sopa por lá
Resumo do programa: algo legal (a noite do terror) que não compensa o aborrecimento com as filas enormes, a frustração de ser passado para trás pelo Free Pass, os banheiros imundos e a comida cara e difícil de ser obtida. Nota zero.

Aí algum defensor vai argumentar: mas todos os parques de diversão são assim! Eu sei, mas quando fui no Hopi Hari, por exemplo, consegui comer melhor (tinha mais vendas de comida espalhadas pelo parque), brinquei em uns seis brinquedos (no mínimo e apesar das filas) e também tinha Free Pass, mas apenas os principais brinquedos passavam, e não todos.

Por isso tudo, a minha conclusão é: o Playcenter vai fechar: vai com Deus!

Beijos

Atualização: Recebi um comentário do Lucas Almeida, um grande fã do parque, e achei legal subir aqui, e não apenas nos comentários, para vocês terem a visão do outro lado. Vamos lá:

Recebo as notificações do Playcenter em meu e-mail e achei o seu título interessante e resolvi clicar no link.. Achei alguns erros na matéria, então vamos lá: É claro que o Playcenter não é o mesmo de antigamente. Teve mudanças no terreno, devido ao grande valor do maior terreno do Playcenter (onde ficava a Montanha-Encantada), o mesmo teve que ser desativado, o espaço diminui, os brinquedos mudaram e lugar e a magia de parque de diversões foi embora.


Desde 2005 o parque vem se reerguendo e ano passado pudemos ver a conclusão disso tudo. O parque está maravilhoso, tudo em ordem, atrações reformadas, jardins bonitos - tudo para que um parque de diversões URBANO precisa. Não dá para exigir mais de um lugar que não é apoiado pela prefeitura (que quer acabar com o mesmo - e conseguiu). Logo que o Playcenter anunciou o seu fechamento, MUITAS pessoas foram no parque para dar um "tchau" ou conhecer pela primeira vez.


Com as Últimas Noites do Terror, o Playcenter lotou ainda mais. No último domingo, 17, tinham 13 MIL PESSOAS (não 40, pois a capacidade máxima é 17 mil; nem o Hopi Hari tem capacidade para 40 mil pessoas, é (28 mil) (a informação foi passada a mim por um funcionário do parque). Foi um dos domingos mais lotados do parque, infelizmente você deu azar. Comprar um ingresso na parte da manhã é sempre um desafio. A fila é gigantesca e sempre ocorre algum problema com algum visitante.


Vou muitos finais de semana no parque e por isso chego por volta das 14h/15h, que o movimento na bilheteria é menor e assim evito filas. O Turbo Drop é um dos brinquedos com a maior fila do parque. Como saiu a Boomerang (entrou o Xtreme), o Turbo Drop passou a ser a atração principal do Playcenter. Realmente o PlayPass é uma coisa absurda, mas infelizmente estamos no Brasil e tudo o que importa é o dinheiro - por isso a venda desse benefício. Ah, o Turbo Drop NÃO é no mesmo estilo da La Tour Eiffel do Hopi Hari. Uma torre é de queda livre (Hopi Hari), com 10 metros a mais etc. O Turbo Drop é uma torre de queda acelerada, ele possui 3 tipos de travas diferentes, seria meio que impossível acontecer algo alí!


Sobre os lanches e os preços do mesmo, eu concordo com você: são uma droga. Por isso sempre evito comer no parque, compro apenas uma coca etc! Ainda bem que você ficou até começar as Noites do Terror, pois iria perder um grande espetáculo. As atrações de terror estão legais, os shows, montros.. tudo! Vale realmente a pena. Aconselho a você voltar no Playcenter mais uma vez depois que acabar as Noites do Terror (acaba dia 09 de julho). O parque vai estar bem mais tranquilo e vai dar para aproveitar bastante! Acho que é isso... hahaha Abraços, Lucas Almeida. @heeylucas_

Perfeito seu comentário, Lucas! Deu o outro lado da história e relembrou que, se o Playcenter está assim hoje, é por falta de apoio da prefeitura da cidade. Será um triste fim para o que, um dia, já foi o melhor parque de diversões do Brasil.

Vale ressaltar ainda que sim, a parte das Noites do Terror continua muito bacana!

3 comentários:

Lucas Almeida disse...

Olá,

Recebo as notificações do Playcenter em meu e-mail e achei o seu título interessante e resolvi clicar no link.. Achei alguns erros na matéria, então vamos lá:

É claro que o Playcenter não é o mesmo de antigamente. Teve mudanças no terreno, devido ao grande valor do maior terreno do Playcenter (onde ficava a Montanha-Encantada), o mesmo teve que ser desativado, o espaço diminui, os brinquedos mudaram e lugar e a magia de parque de diversões foi embora.

Desde 2005 o parque vem se reerguendo e ano passado pudemos ver a conclusão disso tudo. O parque está maravilhoso, tudo em ordem, atrações reformadas, jardins bonitos - tudo para que um parque de diversões URBANO precisa. Não dá para exigir mais de um lugar que não é apoiado pela prefeitura (que quer acabar com o mesmo - e conseguiu).

Logo que o Playcenter anunciou o seu fechamento, MUITAS pessoas foram no parque para dar um "tchau" ou conhecer pela primeira vez. Com as "Últimas Noites do Terror", o Playcenter lotou ainda mais. No último domingo, 17, tinham 13 MIL PESSOAS (não 40, pois a capacidade máxima é 17 mil; nem o Hopi Hari tem capacidade para 40 mil pessoas, é (28 mil). Foi um dos domingos mais lotados do parque, infelizmente você deu azar.

Comprar um ingresso na parte da manhã é sempre um desafio. A fila é gigantesca e sempre ocorre algum problema com algum visitante. Vou muitos finais de semana no parque e por isso chego por volta das 14h/15h, que o movimento na bilheteria é menor e assim evito filas.

O Turbo Drop é um dos brinquedos com a maior fila do parque. Como saiu a Boomerang (entrou o Xtreme), o Turbo Drop passou a ser a atração principal do Playcenter. Realmente o PlayPass é uma coisa absurda, mas infelizmente estamos no Brasil e tudo o que importa é o dinheiro - por isso a venda desse benefício.

Ah, o Turbo Drop NÃO é no mesmo estilo da La Tour Eiffel do Hopi Hari. Uma torre é de queda livre (Hopi Hari), com 10 metros a mais etc. O Turbo Drop é uma torre de queda acelerada, ele possui 3 tipos de travas diferentes, seria meio que impossível acontecer algo alí! haha

Sobre os lanches e os preços do mesmo, eu concordo com você: são uma droga. Por isso sempre evito comer no parque, compro apenas uma coca etc!

Ainda bem que você ficou até começar as Noites do Terror, pois iria perder um grande espetáculo. As atrações de terror estão legais, os shows, montros.. tudo! Vale realmente a pena.

Aconselho a você voltar no Playcenter mais uma vez depois que acabar as Noites do Terror (acaba dia 09 de julho). O parque vai estar bem mais tranquilo e vai dar para aproveitar bastante!

Acho que é isso... hahaha

Abraços,
Lucas Almeida. @heeylucas_

Gabriel Garcia disse...

Olá, tudo bem? meu nome é Gabriel e eu sou um PlayManiaco, Informo que o Playcenter mudou muito e pra isso presisa investir, o Playcenter faz parte da historia de SP, pois é um ponto turustico. ( Assim como o Hopi hari, Também é). Mais o Hopi Hari era da Familia do Playcenter. E com grande alegria te informo que o Playcenter vai fechar pra REFORMA!!!. Então não fica ofendendo o parque. e sobre o "Free Pass". Que está completamente errado que é " Play Pass", tem o de 30$ que é 7 atraçãos. 4o $ Não é nada, pois você encurta o tempo das filas do brinquedo quando eu fui no dia 9, eu comprei o PlayPass pode andar em 10 brinquedos sem pegar a fila. Então eu deixo uma dica pra você, o Playcenter vai voltar, e vai ser inedito!!. Aguardo resposta!!

Vivian Ortiz disse...

Oi Gabriel, tudo bom?

Legal você deixar seu comentário. Sei que este post é polêmico, justamente por eu relatar a péssima experiência que tive na minha última visita ao parque, apesar das ótimas lembranças da infância/adolescência.

O Playcenter vai voltar sim, mas, infelizmente, terá uma nova proposta, mais infantil, pelo que está sendo divulgado. A ideia é que os pais possam se divertir com os filhos menores. Inclusive, eles já venderam vários dos brinquedos mais 'radicais'.

Quanto ao Play Pass, que realmente não me lembrava o nome correto, continuo achando injusto. Afinal, ninguém entrou lá de graça (pagou bem caro até) para ser passado para trás na fila.

Pessoalmente, acho que se vc quer passar na frente, o correto era pagar beeeeem mais caro, para ninguém se sentir lesado (como eu, que não paguei, me senti). No entanto, sei que esta é uma prática comum em vários parques do mundo, só acho que deveriam tentar ser mais justos.

Por último, espero que quando o parque voltar seja para arrasar mesmo! ;-)

Um beijo