domingo, 7 de novembro de 2010

Comentando no Teatro: Vamos?

Olá Pessoal,

Fui assistir Vamos?, de Mário Viana, em cartaz no Teatro Imprensa, na cidade de São Paulo. Inicialmente, o elenco era este que está na imagem ao lado. Porém, com o tempo, Tania Khalill ficou grávida e entrou a atriz Gabriela Durlo. Depois, Raquel Ripani também saiu da peça e foi substituída pela atriz Natália Rodrigues.

O preço do ingresso é R$40,00, mas comprei uma promoção no site Clube Urbano e consegui por R$15,00, já há algum tempo. Hoje aproveitei que estava livre e fui assistir. Chegando lá, houve uma pequena confusão quanto a este desconto ser válido apenas para as sessões de sexta e domingo, e não sábado (não tinha percebido este item). Porém, no final e após um certa briga (pois havia telefonado de manhã para saber se o ingresso era válido e me confirmaram), consegui entrar e ainda sentei na primeira fila. Foi muito legal.

Basicamente, a história da peça se passa em um apartamento, onde dois grandes amigos - um homem e uma mulher - bebem e falam de sexo, amor, tentações e aventuras. Ao mesmo tempo, "A" quer levar "B" para a cama, para celebrar uma amizade. "B" resiste, diz que o sexo vai abalar esta amizade.

Troca de Papéis


Algo muito interessante é o modo como os atores vão trocando de papéis no decorrer da encenação. Dalton, por exemplo, está em cena e deixa cair um copo no chão atrás de um móvel, abaixando-se para pegar. Quando a personagem fica em pé, já é Natália que está participando da conversa. Gabriela passa por trás de uma pilastra, e pá, quem surge é Alex Grulli. Daí, a paquera entre um homem e uma mulher logo se torna uma paquera entra uma mulher e uma mulher. Ou entre dois homens. Toda essa troca é bem divertida.


Dalton Vigh, Raquel Ripani (substituida por Natália Rodrigues), Gabriela Durlo e Alex Grulli.
Explicada a história da peça, vamos a minha opinião: tudo corria tranquilamente, piadas engraçadas, os atores trocando de lugar na hora certa, ótimo. No entanto, a coisa começou a degringolar quando o ator Alex Grulli esqueceu o texto pela primeira vez.

Olha, todos sabemos que isso acontece no teatro. São muitos trechos para decorar e, na hora de falar, as vezes encrenca. Aconteceu com a Barbara Paz duas vezes em Hell e o que ela fez? Concentrou e recomeçou, seguindo a encenação normalmente.

Nesta peça, uma comédia, Grulli se saiu bem, fez um improviso e continuou. Ok, foi engraçado e ótimo. O problema é que, a partir daí, ele se desconcentrou mais e mais e mais e mais. A ponto de começar a atrapalhar os outros atores.

Isso acontece porque quando um ator esquece a fala, ele acaba não dando a deixa para o outro continuar. E isso é um sério problema, acredite! Traz um efeito cascata incrível, pois se eu não lembro, você não lembra, nós não lembramos e o caos começa a imperar. Para mim, foi o que ocorreu.

Chegou uma hora que não dava mais para entender o que acontecia, tanto eram os cacos que o ator Alex Grulli colocava, o que acabava obrigando os outros a fazerem o mesmo, tornando tudo uma grande bagunça. Algumas vezes até era engraçado, eu ria, as pessoas riam, mas no fim parecia que estávamos assistindo um ensaio, e não a peça pronta.


Resumidamente, eu não gostei muito! Achei falta de respeito com o público e com os outros atores, que tinham o texto decorado, mas não conseguiam seguir por causa da palhaçada alheia. Mas fiz uma pesquisa bem informal na saída do teatro, e na fila do ponto de táxi e as pessoas curtiram. Talvez a mal-humorada fosse só eu mesmo.

Bom, vou ser justa num ponto: imagino que nem todas as sessões são assim. Por isso, se você quiser conferir a peça, segue o serviço:


Primeira formação do elenco.
Vamos? - Teatro Imprensa (Rua Jaceguai, 400). Tel. (011) 3241-4203. Sex., 21h30, sáb., 21h e dom., 19h. Até 28/11. R$ 40 e R$ 50. 14 anos.

Beijos

Nenhum comentário: