Comentando no Submundo: Laerte e o Crossdresser

Olá Pessoal,

(Para tudo! Fui chamada de imbecil por um anônimo nos comentários. E ele tem completa razão! Durante toda a primeira versão do post, chamei Laerte de Angeli. Peço mil desculpas ao Angeli, ao Laerte e a vocês, pela mega desatenção! Já está corrigido. Beijo especial para o leitor nada simpático, mas muito atento! :-p)

Ao ler uma entrevista que o cartunista Laerte deu para a Folha de São Paulo fui apresentada a um mundo completamente estranho para mim: o Crossdresser. Como assim? Você deve estar se perguntando agora. Pois é, Crossdresser é quem curte se travestir de mulher, assim como o Laerte.

Laerte em foto retirada da Folha Online. (Carlos Cecconello/Folhapress)

Na matéria, do repórter Ivan Finotti, o cartunista conta que começou a se aproximar desta espécie de travestimento em 2004, mas interrompeu o processo por conta da morte do filho. Daí, passado o luto, voltou a ativa e fez sua primeira montagem em 2009.

Contudo, o cartunista, apesar de ser bissexual (e ter uma namorada mulher), explica que este hábito não é um fetiche erótico, mas sim uma questão de gênero. "São coisas independentes, autônomas, que nem o executivo e o legislativo. É um erro fazer essa mistura", diz.

Achei engraçadíssima também a brincadeira que o repórter faz em outra parte da matéria: Pela frente, ninguém fala nada. Quando ele(a) vira as costas, porém, os amigos e conhecidos se entreolham estarrecidos. "Será que endoidou?", se perguntam. Mas, diferentemente do rei, Laerte não está nu. Está vestido de mulher. 

Em outro trecho, Laerte conta que, no feriado, um antigo amigo foi a sua casa: "Eu estava de saia. E olha que não era uma saia austera, como uma jeans (risos)."Era uma saia indiana, cheia de babadinhos. Eu tinha acabado de fazer a unha. Ficamos conversando. Acho que ele não é uma pessoa que se incomoda com isso, mas talvez tivesse uma pergunta presa na garganta."E que pergunta era essa, Laerte? "Acho que era: 'Será que ele está batendo bem?'. Pois estou sim. Estou no completo controle de minhas faculdades mentais." (Então tá, né! :-)

Brazilian Crossdresser Club

Imagem do site da Brazilian Crossdresser.

O termo Crossdresser significa, literalmente, vestir-se ao contrário. Segundo o site da entidade, o Brazilian Crossdresser Club (BCC) foi criado em 1997 por crossdressers e para crossdressers e transgeneristas em geral, assim como seus amigos e simpatizantes. Logo no início eles esclarecem que o endereço não tem caráter sexual ou de encontros.

De acordo com a BCC, o termo Crossdresser é comumente utilizado nos Estados Unidos e Europa para ajudar a diferenciar a fantasia de usar roupas do sexo oposto das opções sexuais de cada um.

Pois é, povo. Pelo que estão explicando, não tem nada sexual na história. Os adeptos não precisam sentir prazer por alguém do mesmo sexo, pois simplesmente curtem se vestir de mulher.


Particularmente, penso que cada um é dono de sua vida e tem o direito de fazer o que bem entender, mas que parece estranho, isso parece. Visualiza a situação: você está com um cara que gosta de se vestir de mulher, só que ninguém é lésbica, curte homem mesmo. E você está saindo com uma "mulher". Confuso, não?

Beijos